Diga Não a Intolerância Religiosa

Pelos Caminhos do Tempo

A data que Obarayi, também conhecido como Rubelino ou Balbino Daniel de Paula, comemorou é muito especial: há de convir, que uma comemoração de 50 anos de iniciação já não acontece todo dia, menos ainda quando esta pessoa ficou também quase 40 anos à frente de um terreiro que se tornou conhecido através de sua liderança. A trajetória de uma pessoa de Ponta de Areia na Ilha de Itaparica, ligada ao culto de babá-egun à posição de extrema responsabilidade e visibilidade na liderança de um terreiro como pai de santo com inúmeros filhos de santo em Salvador, no Brasil e também no exterior pode parecer pouco comum. Mas ela se explica pela ligação ancestral de Balbino com sua cultura de origem e as amizades e contatos com pessoas dos mais diversos contextos sociais e culturais que o destino lhe proveu. E ela se torna ainda mais evidente pelo grande carisma de sua personalidade epela sua força espiritual que se sente sempre de novo ao ver o seu Xangô, admirado pelos seus irmãos e filhos de santo que se unirão para os festejos de Obarayi. Quando ele foi iniciado em 1959, a sua mãe-de-santo, Mãe Senhora do Ilê Axé Opô Afonjá, alguns meses antes tinha comemorado as suas bodas de ouro, por coincidência no dia de aniversário de Pierre Fatumbi Verger (4/11). Fatumbi era muito ligado a Mãe Senhora e mais tarde a Balbino, ao ponto de ser uma das pessoas responsáveis pela criação e instalação do terreiro Ilê Axé Opô Aganju, no Alto da Vila Praiana, em Lauro de Freitas. Mesmo que nesta data não haja saudações da África, como aquelas da parte do Ataojá, Rei de Oshogbo, na Nigéria, trazidas na ocasião dos festejos em 1958 por Fatumbi em formato de uma gravação para Mãe Senhora, certamente Fatumbi acompanhará, de onde ele possa estar, esta expressão de força das tradições afro-brasileiras nos festejos dos 50 anos de santo de Balbino, o seu grande amigo. 

Para comemorar o Jubileu de Ouro de Obarayi, a Fundação Pierre Verger organizou uma exposição com 31 fotos resgatando sua história e liderança frente ao Ilê Axé Opô Aganju, registradas por Pierre Verger, nos anos de 1970. Em 27 de agosto lançamento do livro Obarayi - Babalorixá Balbino de Paula.

HERDEIROS DO AXÉ

Na teia de Ananse

Lançamento da Coleção da UNESCO História Geral da África na Bahia‏

A Bahia foi escolhida para sediar uma série de eventos que marcam o debate e o lançamento da edição em português da Coleção da UNESCO História Geral da África no Brasil. Entre os dias 1 e 4 de abril, especialistas africanos e brasileiros e autoridades locais e nacionais se reunirão em Salvador e Cachoeira para debater assuntos relacionados à questão, especialmente os referentes à interculturalidade e à diversidade religiosa, aspectos tão presentes na cultura baiana. O lançamento estadual acontece na segunda-feira, dia 4/04, a partir das 9h, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia, em Salvador.
Conheça a programação completa e todos os participantes: http://www.fpc.ba.gov.br/

Com a palavra o escritor, professor, poeta e omo orisá

Discriminação Racial na Literatura Brasileira

O professor, poeta e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Uilians Souza abordará o Dia Internacional de Combate a Discriminação Racial (21/03).


Dia: 21 de Março, às 15h  Rio Vermelho

Um bate-papo sobre a discriminação na literatura Brasileira relacionando isso com dia 21 de março que é o dia nacional de luta contra discriminação racial além disso, vai ter poesia o que não pode faltar.

IV ENCONTRO AFRO CRISTÃO 2011